sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz ano novo!

dema


Um mix latinoamericanoniger flui pelas artérias,
desprovido, todavia, de gene de blattodea;
se bem ora ameaçado por vírus sinistropatético,
desinfeta-se no ataque à tirania antiética.

Por favor, chora por mim Argentina,
d’agora em diante por ti só sorrisos,
persigo os rastos que alteram tua sina
pra dar dignidade à terra em que piso.

Sonho o amarelo a compor nosso lábaro,
entremeando-se ao verde e ao azul,
sequer pensar largado ao desamparo
o bloco estelar cruzeiro do sul.
Acaso restamos nocauteados
ou dormitávamos plácido sono,
se, súbito, nos vimos rapinados,
relegados a completo abandono?

Levaram pra onde as fartas riquezas
que produzimos com labor ferrenho (?),
corveia e talha, na total certeza,
ao erário pagas sob duro empenho?

Não nos macularam, porém, o espírito
porque brio ingente há em toda altivez,
hão de pagar por seu sujo delito
com mui rigor em sombrio xadrez.





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