dema
Menino,
queria ser grande,
livre,
dono de mim,
escolher
o que comer,
não
ter hora pra chegar,
dormir,
acordar;
casa
própria,
namorar
até...
Sonhos
infantis inconsequentes,
natimortos
vários na vida corrida.
Ah,
o sofrimento, a tristeza,
a
alegria, o amor,
o
desamor, a dor.
Cadê
o maná vindo do céu?
Estudo,
trabalho,
sucesso,
casório, a perda, o regresso...
o filho
(que maldição!), droga, perdição.
Meu
Deus, que vida cão!
Nada
de graça, as contas em massa,
tributos
carcomendo a carcaça.
Quisera
de novo ser menino, só menino,
apenas
viver e sonhar;
brincar
na enxurrada,
jogar
bola na rua,
skate
na calçada.
Estudar?
Palhaçada,
depois,
dá-se uma colada,
que
a tia é burra (oh coitada!).
Inda
agora, que tudo é marmelada,
calculadora
(adeus, tabuada!),
ninguém
toma bomba mesmo,
forma-se
de fornada...
Quando
não, é vídeogame,
tablet,
notebook,
jogos,
filmes, minas beijadas,
até
rolezinho na parada.
Ser
adulto, pra quê?
Que
nada!!!
Deus
me livre,
que
o bom mesmo