dema
A procura o enlouquece,
perde o senso, perde o
norte,
fica tenso, se enrijece,
fura esquema, testa a sorte.
Louco, louco, louco,
enche a cara, pensa pouco,
pega a adaga pelo corte,
pica a mesa, quebra o vaso,
“se te acho, eu te arraso”.
É o capeta encapetado,
celular vira coitado,
não responde doutro lado,
fora d’área ou ocupado.
Bate porta, arrebenta,
assim nem a santa aguenta.
Ô meu Deus do céu,
o que se quer é dar um “créu”.
Enfim, eis que ela aponta,
mal parece se dar conta.
─ Vem, maldita! ─ Vem
safada!
─ Entra logo e já pelada.
─ Salta pra cama deserta!
─ Aí terás a coisa certa.
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Depois que a tormenta passa,
o tenebroso mar se acalma;
no leito, caçador e caça,
languidez de corpo e alma.