dema
Quem
o mandou aguardar tanto,
tanto
que a vida passou.
O
velho amor perdeu o encanto,
na
carência, soçobrou.
Não
há mais tempo de partida,
que
a hora agora é chegar.
Bem
longe jaz a despedida,
não
há o que recomeçar.
Nem
mesmo as imagens de outrora,
resquícios
de pensamento,
encontram
lugar na memória,
feneceram
ao relento.
Um
adeus por insensatez
fez
reverter o destino
e a
felicidade, talvez,
transformou-se
em desatino.
Foram-se
dias, meses, anos
e a
alma, assim combalida,
refez-se,
enfim, dos desenganos,
ressuscitou
para a vida.
Agora,
mui dona de si,
com
frutos desta conquista,
descarta
o passado e sorri:
sem
chance ao oportunista.
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