dema
Já me cansa ver a lua aparvalhada
co’a
beleza que de tua face emana,
todas
as estrelas sentem-se humilhadas
na
abóboda celeste que as irmana.
Odeiam-te
como a bruxa odeia Aurora.
Não
és Rapunzel, não és Branca de Neve,
nem
eu um dos sete anões que a ela servem.
Na ciranda, construímos nossa
história.
Do
meu peito faço tua carruagem,
minha
alma a espelhar o teu retrato.
Se
nela, então, reconheces tua imagem,
corre
logo pra selarmos nosso pacto!
De mãos dadas, passeemos
no jardim.
Deixarei com haste lisa tua
rosa,
Ficarão os seus espinhos
para mim.
Ah, se eu tivesse a
lábia de Casanova,
para, ao dormires, cantar-te
teus encantos
e tu, quem sabe, ao
depois, pela manhã,
secasses cada lágrima de
meu pranto.
Onde a coragem do bravo D’Artagnan
pra conquistar um reino
e dar-te a coroa,
pois que, antes e agora,
nobre Senhora,
tens-me apenas por reles
plebeu à toa.
Toma meu coração, faz
dele troféu!
Em troca, beija estes
meus sedentos lábios,
que, ávidos e melosos,
mais que sábios,
poderão, certamente,
levar-te ao céu.
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