dema
Posseidon
na terra newar?
Aqui
não há mar.
Quer
a flor de lótus viçosa do lago?
Cadê
lago, se Manjushri, à espada, o drenara?
Nem
flor, pois que então já pousada.
Raivoso,
sacode as placas tectônicas.
Que
se curvem ante si
os altos
picos himalayas!
Sidartha, Senhor,
por que não vigiaste?
Dormias
acaso no Boudanath?
Vishnu,
Garuda, Shiva,
poderosa
deusa Kali,
onde
estáveis todos, que não nos socorrestes?
Enquanto
os cultuávamos em Durbar,
Hanuman, Taleju, Jaganath, Changu
Narayan,
mui
perto de nós, estupefatos,
a
terra gemeu
e a
vimos tremer.
Tão só
os escombros dos templos e casas
sobre
nossos ombros.
Consumiu-nos
o pó.
Vivos,
inda somos muitos.
Contudo,
não há o que comer,
o que
beber, o que curar.
Não
tendes dó?
A lágrima
pelos mortos sepultos
não carrega
beleza.
Que da
gente, etnias múltiplas?
Que da
gente, subjugada sempre?
Onde
enterrar os milhares de corpos?
Donde
a grande Katmandu,
demais
cidades e vilas?
Valha-nos,
amigo do exótico,
admirador
do excêntrico!
A fé,
entretanto, nos alimenta o dharma.
Ressurgiremos.
Hare
Krishna, hare!!!