“O pressuposto básico para o nascimento e a consolidação
de uma democracia é a outorga de poder, pelos cidadãos, a quem, em nome destes,
o venha a deter, devidamente insculpido na lei maior da nação.
Eis o poder de império a ser exercido em plenitude e, tão
só, nos exatos limites em que outorgado, sem excessos e sem dele se declinar,
ainda que parcialmente.
Onde se verificam abusos ou vazios de poder, implanta-se
o caos. As populações se rebelam e passam a agir como hordas. O que ocorre,
hoje, em várias partes do mundo, comprova o que aqui se afirma.
A justa medida há que ser permanentemente fiscalizada, em
virtude de direito e obrigação, por todo e qualquer cidadão outorgante.
O governo, contudo, não adquire a propriedade vitalícia
nem hereditária, desse poder. Para que se evite o desmando, impõe-se sua alternância,
pois se sabe que quanto mais um governo
dura, maior é a ditadura.” (dema)