dema
Hoje,
novamente sábado,
dia
de fazer poesia;
mas
a seca corre brava,
sem
capim, sem boi de guia.
Como
falar de beleza,
com
a cabeça assim vazia?
Não
vou tratar de maldade,
de
mentira, falcatrua,
muito
menos da vaidade,
seja
minha, seja sua.
Melhor,
talvez, o silêncio,
se
a pachorra continua.
Sem
estro, musa, sem verso;
sem
gozo, rima ou alegria.
Não
que eu pareça perverso,
mas
ora ocorre diverso,
do
dia bom pra poesia.
Quem
sabe eu me encontre imerso
no
torpor da boemia.
Fica,
contudo, o desejo
ou
melhor, o compromisso:
batendo
em mim a saudade,
dela
farei bom ensejo,
para
que não reste omisso,
perante
a velha amizade.
Do
modo como pelejo,
tanto
quanto for preciso
darei
, de boa vontade,
asas
pra imaginação;
vou
borrifar com poesia,
amanhã
ou qualquer dia,
um
texto do coração.
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