DEMA
Não quero solidão,
Mas detesto o social.
Nada superficial,
Nunca mais paixão.
Nem sonhos felizes,
Sim os macabros,
Sem deslize,
Sem vocábulo.
Quero à noite inteira
E na manhã faceira
Pensar a fundo
Em mim, no mundo.
Quero o Deus justo,
Quero o Deus verdade,
Quero o Deus augusto,
Não o deus covarde.
Quero estar comigo,
Mas quero amigo.
Quero Deus em mim
E ficar assim.
Quero-te em lágrimas
A lavar a mágoa
De minh’alma
Maculada.
Quero-a limpa,
Purificada,
Pra, quem sabe,
Deus fazer sua morada
Ou então dela fazer,
Caso eu merecer,
Um lugar bonito
Pr’outro amor infinito.
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