domingo, 2 de agosto de 2009

A HONRA DE SER AVALIADOR DO MEC

A IES E O AVALIADOR: A HONRA DE ESTAR EM ALGUM LUGAR DO BRASIL
Professor Afonso de Sousa Cavalcanti

A avaliação é a chave para autorizar e reconhecer as IES e seus cursos.
O Brasil precisa investir mais para atender melhor e atingir a qualidade mínima no atendimento educacional. Em recente encontro em Brasília, entre os dias 15 e 17 de abril do corrente ano, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou que existem no País 2.300 IES, atendendo a 22.000 cursos de educação superior e suprindo a demanda de 5.000.000 de alunos. O atendimento ainda está muito longe de ser o bastante, pois corresponde a menos de 12% da juventude entre 18 e 23 anos. Os diversos órgãos ligados ao MEC, assim descritos: INEP, CONAES, CNE, SESU, SETEC. SEED, CTAA e outros, precisam de delegados que possam ir aos quatro cantos do país e atendam as reivindicações das várias instituições que querem participar da educação com qualidade. Tais delegados são denominados AVALIADORES. A IES que tem um avaliador deve se sentir honrada porque passa a ser vista e reconhecida na capital de seu país. O encontro de 15 a 17 de abril de 2009 me conferiu o entendimento de “qual é o papel do avaliador” e sobre isto quero relatar sucintamente a seguir.
O avaliador tem a honra de executar a tarefa singular, com os seguintes objetivos:
a) desempenhar a função delegada pelo MEC (INEP, no âmbito da avaliação); b) participar da consolidação da cultura de avaliação na graduação; c) contribuir para o aprimoramento das instituições e dos cursos. Para tanto, o avaliador se torna um sujeito público com o seguinte compromisso: garantir a credibilidade do processo de avaliação e da correta imagem das instâncias e das pessoas envolvidas.
Para ser avaliador, o MEC cobra postura e determina que o perfil do docente avaliador deva moldar-se nos seguintes atributos: competência acadêmica; postura ética ilibada; espírito público e urbanidade; domínio dos procedimentos de avaliação; cordialidade e bom senso. A urbanidade, a postura ética e o domínio dos procedimentos de avaliação exigem as seguintes atitudes do avaliador: primar pela qualidade dos relatórios de avaliação e, portanto, afastar-se de atitudes reguladoras (cobrar mudanças nos projetos de curso); não fazer avaliações de cunho regulatório, prestando assessorias; preservar o sigilo das informações; evitar entrevistas ou exposições na mídia sobre a função que foi exercida pelo avaliador.
Ao participar deste encontro de capacitação em Brasília confesso que pude refletir sobre a realidade do funcionalismo público brasileiro. Na sua quase totalidade, os professores e técnicos deste encontro atuam em universidades estaduais e federais. A maioria participa no quadro de carreira de 40 horas semanais, mais carga horária de tempo de dedicação exclusiva. Fiquei chateado de ouvir de muitos que eles não cumprem a carga horária, não assinam o ponto diário e não se dedicam como devia ao ensino, pesquisa e extensão. Em outras palavras: não vestem a camisa da real educação que buscamos.

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