Ela está pálida e fria.
Em seus lábios, a insolidez imensa
de um viver tão breve,
jamais alegre.
Das pálpebras mortas
um olhar distante,
lá longe, bem longe,
no seio do nada.
U'a melancolia rompe
do ser imóvel, vazio,
por não suportar que seja
como querem os seus.
Odor suave invade a sala,
que a morte exala
e toca a lembrança do presente:
"meiga criança, quão inocente!"
Mãe, em botão se prostra.
Choram os pais a filha morta.
Absorta em braços, uma criancinha grita:
"- Acorda, mamãe minha!!!"
Um estampido e pronto.
Num féretro pobre,
sem flores, sem velas.
Deus a tenha! Amém!
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