dema
Só com passagem de
ida,
a poesia pega o trem.
Ocorre o mesmo co’a
vida,
durando, esvai-se
também.
Em tempos de
calabouço,
mui longe as musas
das artes,
apenas suspiros ouço,
na história de duas
partes.
Vão-se os velhos e
fracos
e os que não bolam
pra sorte;
muitos escapam aos
cacos,
do firme abraço da
morte.
Agora é Nênia quem
canta,
Euterpe só nos anais,
sequer a saudade
espanta
para afastar nossos
ais.
Resta uma luz no
horizonte,
que, ao fim desta
pandemia,
de novo a vida desponte
plena em saúde e
alegria.
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