dema
Dá-nos boas vindas, a brisa da tarde,
soprada fresca do mar azul-turquesa,
alento de vida com gosto de alarde,
a insculpir, nos olhos sedentos de beleza,
imagens vivas da natureza.
O tempo urge, célere corre e morde
o calcanhar do ontem.
Quando menos se espera, agora é depois.
A manhã desfaz a noite com a luz do sol
que, mal chegado, zarpa rumo ao poente.
Nem se contam as horas, vão-se os dias,
passam-se os meses e, logo, os anos.
Vai-se a infância, a mocidade, voam os sonhos.
O passar engole desejos e esperanças
de rostos encovados que a labuta cansa.
Avança em reta, sem qualquer recuo,
quando em vez abrandado por uma lembrança.
O tempo passa e a vida se esvai.
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