dema
Acordei de madrugada
um tanto quanto encucado
com o peso cotidiano
de viver no aglomerado.
Sei que há muita coisa boa,
vivo na grande cidade,
mas, nos pratos da balança,
pende o da dificuldade.
Fila pro caixa do banco,
também do supermercado;
fila pra pegar o ônibus
e o metrô que vem lotado,
porém a maior das bichas
é a dos desempregados;
quando na hora do rush,
trânsito é engarrafado.
Ai, meu deus, que correria
pro trabalho e para escola,
ao chegar o fim do dia,
o cansaço me assola.
Já pensei mudar pro campo,
desfrutar da natureza,
ver brilhar o pirilampo
e o luar, oh que beleza!
Por outro lado, entretanto,
o tumulto da cidade
traz até um certo encanto,
não direi felicidade.
Sei apenas que me laça,
que me prende e que me abraça,
não mui raro me extasia
e amaina a minh’agonia.
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