dema
Já cansado, cético,
toma, cotidianamente, da gasta pena
e lavra.
Entre fôrmas de seixos brilhantes,
perde-se gênio,
vê-se medíocre.
Sonha coroar, com a gema pura,
o topo da bateia de versos,
o poema-poesia,
a obra-mestra.
Não importa o ouro,
mas o brilho do tesouro.
Quem dera viesse a musa- encanto
e, entre diversos,
apontasse o seixo sonhado,
a poesia cristalizada,
de todos, agrado.
Cai a tarde, vem a noite,
segue o açoite.
Que cruel o seu fado!
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