dema
O poema superfície
a cantar
meu submundo
nunca
imerge mais profundo,
é o
que tanta gente disse.
A pobreza
lhe é inerente,
brilha
qual bijuteria,
sem
glamour, sem pedraria,
mais
parece um indigente.
Que
de ouro, que de festa,
de
paixão, de boemia;
como
pode, sem poesia,
ser
cantado na seresta?
Que
de estrelas, que de flores,
que
de luzes, de orgia,
que
de dança, de folia?
Só
tristeza, só temores.
Donde
um poema sem graça,
versado
sem maestria,
causar
prazer e alegria,
vir
a recital em praça?
Há
poetas e artistas,
rouxinóis
e trovadores;
também
quem suscita horrores,
tais
os bruxos alquimistas.
Quem
me dera o estro farto,
ser
a voz que causa encanto,
ser
a lágrima do pranto
nos
olhos após o parto!
Não
me basta essa vontade,
trabalho
com teimosia
num
poema que, eu queria,
ficasse
pra eternidade.
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