dema
Quem dera eu pudesse entender
Esse “smart” jeito inconsequente
De agir, de pensar, de querer
Amoral, imoral, imprudente;
De cobrir-se com mil tatuagens,
Consumir álcool e pó entorpecente,
Entregar-se a qualquer sacanagem,
Perfurar-se e aferrar-se pingente.
Que de escola, de Deus, de família?
Que de vida se pensa pra frente?
Nem se sabe se é João ou Maria
E se amor é pra anjo ou pra gente.
Ai de quem lhe opuser obstáculos,
Já que a vida lhe soa banal,
Nada custa estender-lhe os tentáculos,
Dar-lhe fim na pior bacanal.
Vale Eros, Medeia e Nero,
Vale o corpo, o copo, o arrojo.
Pra galera, o sério dá nojo.
Trabalhar? Pernas pra que te quero!
Eis um quadro deveras macabro
Maculando a atual sociedade.
Chega ao cúmulo do descalabro,
Deturpando a melhor das idades.
Há de haver uma luz no horizonte
A nortear essa bel juventude.
Do futuro, em verdade, ela é fonte
E esperança que pede atitude.
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