Já não ressonam mais em berço,Mas batem asas pra suas casas.Será, meu Deus, que vale o preço
Esse crescer que se esperava.
Não sei se é perda ou se ganho,
Ou se tristeza por apego.
Quando se vão, fica tamanho e
Brutal vazio de aconchego.
É que o amor soa mais alto
Do que o ser livre o descendente
E o temor toma de assalto
O coração, também a mente.
Quem dera tê-los como amigos,
Pra sempre unidos n’harmonia,
Porém retê-los torna ambíguo:
Se existe amor, se covardia.
Um sentimento universal,
Seja materno ou paternal:
Dizer adeus depois de abraços,
Pedir que Deus lhes guie os passos.
Eis o troféu que a vida entrega
A quem se doa aos filhos seus.
Bem se assemelha a vil trapaça,
Pois não há graça em dar adeus.
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"NUNCA É TARDE" é um blog que divulga ideias e produções que podem incrementar sua bagagem cultural. Traz textos profissionais, religiosos, literários, filosóficos, dentre outros.
domingo, 3 de julho de 2011
Batendo asas
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