DEMA
T. Hobbes Esse é o título da obra de Afonso de Sousa Cavalcanti, Mestre em Filosofia e Doutor em Educação, Administração e Comunicação, integrante do corpo docente da FAFIMAN - Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari – Mandaguari/PR, que veio a lume como “Dissertação de Mestrado” apresentada junto à PUCCAMP, em 2001.
Trata-se de excelente análise das teorias políticas de Hobbes e Locke, porquanto defensoras dos sistemas absolutista e liberal de governo, respectivamente, produzidas durante o século XVII.
Trata-se de excelente análise das teorias políticas de Hobbes e Locke, porquanto defensoras dos sistemas absolutista e liberal de governo, respectivamente, produzidas durante o século XVII.
J. Locke
Ainda que compulsadas fontes bibliográficas diversas, o estudo centra-se no confronto das idéias desses dois filósofos políticos expostas em suas obras, LEVIATAN (Hobbes) e SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO (Locke).
Em linguagem simples, o Dr. Cavalcanti destrincha as teses que compõem o emaranhado dessas doutrinas, facilitando, a quem pelo assunto se interesse, a exata compreensão de seu conteúdo.
Aliando-se a isso “O Príncipe”(de Nicolau Maquiavel), “A República” (de Jean Bodin) e a “Política” (de Jacques Bossuet), tem-se uma visão privilegiada do suporte teórico do absolutismo monárquico. Por outro lado, se acrescermos às idéias de Locke as obras iluministas (“O Espírito das Leis”, de Montesquieu; “Cartas Inglesas”, de Voltaire; “O Contrato Social”, de Rousseau e o enciclopédico trabalho de Diderot), estaremos frente, também, a profunda visão das bases político-filosóficas do Estado Liberal.
Cavalcanti deixa claro que a teorização política, tanto de Hobbes quanto de Locke, deriva empiricamente da necessidade de se encontrar uma saída para a grave situação social e política pela qual passava a Europa, mormente a Inglaterra, durante os séculos XVI e XVII. A necessidade de se vencer a turbulência sócio-política induz à idéia de governo forte, para se conseguir, na paz, a grandeza da nação e o desenvolvimento econômico. Esse poder há que estar alicerçado no contrato social e será absolutista ou democrático.
O trabalho de Cavalcanti presta-se a coadjuvar Professores de História e ou de Organização Política. Vale a pena conferir.
Para mim, em particular, sinto que não tenha sido produzido por volta dos anos setenta a oitenta, quando labutava como professor de História no Ensino Médio. Ter-me-ia sido, naquela ocasião, de grandes préstimos.
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