dema
Hermética
sua poesia,
à
moda da própria sorte,
cheirando
ruim maresia
seu
bafo de grito de morte.
Por
que odiar tanto os homens,
senão
execrar-se a si mesmo?
Esse
ódio decerto o consome
ao
varar as penumbras a esmo.
Parece
enrolado na massa
de
fracos, de fortes, de bestas,
rugindo
enjaulado sem graça,
felino
em gaiola sem fresta.
Arrota
palavras de ofensa,
não
raro sem sentido algum,
senso
claro de obscura crença,
vomitar
de quem ‘stá em jejum.
Vez
a vez, salta um verso singelo,
de
beleza profunda, entretanto,
perdido,
enrolado em novelo
de
impropérios balidos em pranto.
Quisera
entender a mensagem
que
o vate pretende parir,
mas
em meio a tanta plumagem,
não
consigo sequer inferir.
Profere
malditos verbetes,
fustigos
contra a sociedade;
não
limpa os pés no tapete,
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