dema
O colegiado safado
mandou exumar
JB Marques Goulart
com fincas de ser “descassado”.
Terá sido envenenado?
Coitado, tirar da tumba o exilado!
Vivas à democracia!
Todo mundo ria.
Canonizada em vida
“Ex-militanta” querida
sob fardados aplausos
da recém-extinta tirania.
Coisa de Fisco municipal:
operar em iate fenomenal.
Da conta tributária desconta
e desvia pra própria conta
a majoritária fatia.
(É claro que d’outro
lado
a construtora
sorria.
Pra eleger seu
deputado
caixa dois
também servia.)
Um mistério nos intriga,
deixa-nos por entender:
há mais gente na polícia
e mais canalha a nos render.
Um bandido em cada esquina.
Em casa, o pai de família,
talvez por azar ou sina,
ao defender sua filha,
pega a arma e a engatilha.
Se o soldado cai-lhe em cima,
quem vai preso? _ Imagina!
Saudades de olhar a rua
como a rosa sempre o fazia,
frente sem grades, de muros nua,
nenhuma câmera de vigia.
Saudades da liberdade
de dar volta ao quarteirão,
fosse escuro ou claridade
sem medo ou inquietação.
Tomara
não seja preciso
sacar,
à noite, dinheiro vivo.
Caixa
eletrônico e explosivo
andam
mandando pro paraíso.
Cadê
o guarda, cadê o vigia?
Na
hora “h” ninguém o veria.
Por
favor, nunca passe mal,
não
se sabe o que é pior:
morrer
em casa ou no hospital,
isto
é, na cama ou no corredor;
quem
sabe se em casa melhor,
enrolado
em seu cobertor.
E
nas celas da Papuda,
mensaleiros
a fartar,
qualquer
hora é de visita
(ou
será que Deus ajuda?),
embora
espécie esquisita,
mudam
as regras do lugar.
Quem
não trabalhou na vida
quis
até se aposentar.
Mas,
pra justiça devida,
falta
alguém ali chegar.
Enquanto
os morros se deitam
sobre
os casebres mais pobres,
plantados
como se ajeitam
em
áreas longe dos nobres,
assentados
vendem as glebas
que
ganharam com nossos cobres,
pra
invadir outras leivas
pois
o INCRA não descobre.
Há
que perguntar a estes,
o
que é propriedade?
Será
o uti possidetis?
Não
se sabe de verdade?
Eis
a minha pátria amada
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