dema
Moleque
inocente, caninana brava.
A
cobra dourado-prateada não tem veneno.
Ninguém
lho ensinara na lavra.
Como
ficar sereno?
Um
só golpe e decepada a cabeça.
Ratos
e sapos aplaudindo à beça:
─ Gloria in excelcis Deo
et in terra gratias ignorante puero!
Legítima
defesa putativa ao fato põe fim,
com
dura lex então abrandada.
E
chega de latim:
alegria
pueril e da bicharada.
Alfinetado
o gajo a tomar a flor do cacto.
Veredito
natural prolatado ao vegetal:
─ Legítima defesa.
Reconvindo
a ré contra o autor original,
a
lei do talião fora assim aplicada:
─ Em
favor da natureza
(meu
Deus, que esperteza!),
condenado
o ladro a dupla alfinetada.
Por
se tratar de flor, seja a pena agravada:
─ que a dor o maltrate até madrugada!
Fatos/atos
correlatos,
estranhos
relatos,
nenhum
boato.
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