dema
Quão
me excita e delicia
estudar
tua geografia.
Topógrafo
de carreira,
pesquiso
teus acidentes,
morros,
curvas e ladeiras,
o
que há igual e diferente.
Não
desdenho de tuas matas
nem
das minas de teus olhos,
tuas
lágrimas são prata
ao correrem dos abrolhos.
Teus
tremores, quais abalos
que
os sismógrafos apontam,
por
vezes me amedrontam
e
em minh’alma rasgam valos.
Em
torno de tua bacia,
há
caverna e orifício,
que
exploro com alegria,
longe
qualquer sacrifício.
Sou
adicto, noite e dia,
da
tal espeleologia.
Quero
descobrir, no ensejo,
donde
o mel de tua boca,
que
adocica meus desejos,
provocando-me ânsia louca.
Busco
conhecer também
o
que em teu peito palpita,
pois
no meu bate tão bem
coração
de ex-eremita.
Quanto
mais eu me esforço,
teu
corpo me desafia.
grito
sem nenhum remorso:
amo
a tua geografia.
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