dema
Como é doído não
ter vivido
uma paixão
juvenil.
Mal nascida,
rompida viu-se,
sem razão, sem
sentido.
Embora não
seculares,
Bonaparte
proferiria:
“Quarenta
elípticas te contemplam,
malfadada
utopia!”
Vindo à tona o
porquê
do inesperado
esmaecer,
doce ao ego,
amargo à alma,
o gosto se
anuncia.
Revés do
aprazível sabor
das ligeiras
cartas brotado
(arte bruta de
corações em chama,
prescindência do
dizer “Te amo”),
da lembrança
flui gosto de mágoa,
depressivo
sentir derrotado.
Missivas, parem!
De repente não
mais transitaram,
sem explicação
nem adeus,
tal a criança
que se perde sem onde,
sem para onde.
Supita-me um
vazio no peito.
Engulo seco.
Umedecem-se meus
olhos.
Vejo a lágrima
que rola.
Foi-se
a vida de duas
vidas,
sinas diversas
vividas,
relegado o “se”.
No reencontro,
o olhar vesgo
varre ao reverso
a linha do
tempo;
toda escusa
condenada,
punibilidade
caduca.
Não mais chance
às almas-metades.
Saudade profunda
de um
passado-futuro ausente.
Meu coração se
aperta.
Desvaneço.
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