dema
Imagino o céu em
azul suave
e o inferno
vermelho-violeta;
o primeiro qual
planar de bela ave
e o segundo com
ardor de malagueta.
Há de ter no céu
puro prazer
e aos etéreos seres
bem sentir;
já no inferno, somente
sofrer,
carência, ausência,
inexistir.
Penso o inferno
eterna solidão,
nenhum
padecimento coletivo.
Coletivo, queira
ou não,
gera
corporativismo:
primeiro, as vindicações,
representações,
sindicalismo,
quebra-quebras incontíveis,
lideranças corruptíveis,
manipulações à
toda vista,
políticos mau-caratistas,
Lúcifer passando
mal...
o inferno, um caos infernal.
Penso o céu
presença, festa;
o inferno, o
nada, a indiferença.
Mas não sou eu
quem isso atesta,
longe de mim a
desavença.
De minha parte,
asseguro,
posto que inda
no escuro,
prefiro mesmo é
a terra,
que ambos, céu e
inferno, encerra.
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