segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Alguns dizeres reunidos


de dema

“Melhor o chuvisco do que a simples tela preta.
A realidade no imaginário em busca do HD.
Platão que o diga!
Assim, a humanidade. Quem sabe?!”


Há gosto para tudo, inclusive para a dor.
“Como era gostoso sentir saudades do meu amor!”

A fé que se substantiva paliativo do medo e da insegurança humana denota tão só o oportunismo e a covardia da criatura frente à própria efemeridade.

A incredulidade é a própria crença do incrédulo. Intenta sustentá-la, mas com mera negativa. É como provar o nada com o niilismo. Seu descrer converte-se em sua divindade. Mais fácil me parece provar o divino com elementos positivos do que negar-lhe existência por simples negativa. A negativação concretiza-se ser positivado e locupleta espaço do ser completo. Noutro dizer, ser e não ser incorporam o mesmo universo, tão somente sob óticas diversas. O onipresente contém o sim e o não, o tudo e o nada, o anverso e o reverso, o repleto e o vazio. Assim, não há onde caber o nada, vez que o tudo não lhe deixa brecha, isto é, o nada se contém no tudo. Destarte, o não-Deus em Deus está contido. Negá-lo é conferir-lhe positividade.

Elucubração pos mortem
Meu desejo, hoje, é de, quando morrer, ser cremado. Que quem de direito faça das cinzas aquilo que melhor lhe aprouver. Pelo que me conheço, presumo que, na eventual hipótese de acordar enferetrado, não teria calma suficiente para aguardar a remorte. Enquanto não se implanta um sistema amigável de alarme em cemitérios, com interligação da central a cada terminal mortuário (túmulo ocupável), o crematório se me afigura a opção mais segura.

Se eu fosse dois, já teríamos nos destruído.

Não se prova afeição com filosofia, salvo sua ausência.

Secando a grana, seca a gana. Vou ter saudades de rir das baixarias do partido no poder. Que o Diabo o carregue!

Enquanto a matilha enfurecida e desesperada ladra, a carruagem azul passa e seus cavalos peidam de alegria.

Relembrando e misturando E. Regina e T. Jobim:
"É pau, é pedra, é o fim do caminho ... são as águas de março fechando o verão". Vão jateando e expurgando as ratazanas de esgoto de nossa Nação. "É um sopro de vida" pra comemoração.
Avante Brasil!

A luz do sol não adentra palácios,
também não brilha na periferia;
não clareia, outrossim, os cambalachos
que cegam olhos que não deveriam.
Abaixo a corruptocracia!


Se o magistrado julga a pretensão sob toga política, desveste-se do direito de exercer a própria competência. A parcialidade desvenda os olhos da Justiça, retira-lhe a razão de ser e a converte, no caso, em cupincha do poder. Abaixo o tribunalzinho pelego!

Trono defecado
Quem come quem nos bastidores,
na suruba político-partidária?
Vai saber!
No final, o povo chora dores retais,
de vez que os “surubentos” riem à custa dele.
No país do faz-de-conta,
mesmo à luz solar e de holofotes,
prevalece a escuridão, a incerteza.
Garantia única é a de que a maracutaia continua,
o engodo perpetua-se
e as classes menos favorecidas nele se embebedam,
inda que a tira-gosto de pão com porcaria.
Amanhã, talvez sem pão.
O petróleo baixa de preço,
o combustível sobe;
se chove pouco, bandeira vermelha;
se a chuva aumenta, bandeira vermelha.
Já não sei se é o salário que encurta ou é o mês que cresce.
Menos arroz, menos feijão, mais água na panela.
A dívida se avoluma, a poupança zera:
pra todo mundo é pão com mortadela.
Desfaça a mala, que o dólar dispara!
O osso está ruço, mas tusso, rosno e não largo;
posto que borrado o trono, quero o cargo.
Deus tenha misericórdia de nós, ante tamanha sanha!
Quanta ignorância!
Impossível tolerância.
Que país podre!!!

Em Brasília, o ar está irrespirável. Impregna-o um indescritível odor de podre e de carniça. Não se sabe, contudo, de qual dos dois lixões está a exalar mais forte, se do Planalto ou se do Congresso.

“À felicidade basta o singular. Se no plural, pode reduzir-se a momentos.”

The sunrise makes the hope emerge inside your heart and your mind.

Não sou mais que o silêncio vagabundo a dominar os meus dias sem poemas.

"Desespera-me a métrica, pois o poema me espera.
Quisera a leveza da escrita, pra que não se assemelhe a quimera."


Ideias brotam de repente e se sujeitam
a contestação, crítica, incremento, rejeição, aprovação.
Sem juízo de mérito.
Nada pessoal.
Vivas à liberdade de expressão!


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