dema
Quando
eu ainda menina-
moça
mal desabrochada,
vislumbrei
na minha sina
uma
vida aprisionada.
Qual
filhote de andorinha,
quis
bater asas, voar;
sem
recado pra mãezinha,
parti
para namorar.
Tu
chegaste de repente
movido
ao brado silente
que,
de há muito, inaudito,
se
espalhava no infinito.
Tua
alma cristalina,
conquistou-me
por inteira,
mas
vi que era tua mina
outra
gata borralheira.
Me
acolheste mesmo assim,
pérola
bem escondida.
Me
amarias? Talvez sim,
me
juraste tua vida.
Te
amaria? Inda não sei,
se
porquanto eu vivera,
tão
perdida me sentira,
logo,
sem saber se amei.
Teu
jeito de amar me alucina.
Inteiro,
te entregas jamais;
senhora,
te beijo, menina,
mal
ouves meus lascivos ais.
Eis
que sonho voando livre.
Liberdade,
quanta me dás!
Te
confesso, nunca a tive,
cativa
mais ela me faz.
Oxalá
o amor verdadeiro
algum
dia eu possa encontrar.
Não
importa em qual cativeiro,
sou
ave da tarde a planar.
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