A tarde cai,pássaros chilreiam.Talvez se ajustem para o pouso,quiçá para o lanche vesperal.O sol se despede quente,dourado e grande.Tenta esquivar-se das nuvens tontas.Amanhã será um novo dia,a alma diferente,sábado, dia de descanso,ante dies Domini,Dominus Deus Sabaoth,Senhor do Universo,da matéria e tudo mais nele imerso.A cigarra ainda canta,som estridente se agiganta,pra morrer pelo abdômen,não pela garganta.Chama chuva,chuva tanta.Mentira, coisa popular,dito de caipira.Quer é machiar,tomara noite de luar.E os sonhos se achegam,como se noite fossee eu inda acordado,no aguardo ansiosodo beijo predegustado,do afago terno,do estar ao seu lado.E a noite chegaPara um novo açoite.
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