(dema)
Inda me lembro da tua língua fria
nos dias em que descartavas fecundidade.
Enquanto não chegam as águas
do final de primavera,
sorvo o orvalho
das gélidas manhãs de inverno
e me banho, à noite, em lágrimas perenes
que merejam e vertem pela ausência tua.
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