Amigos,
No próximo dia 24 (outubro corrente), estarei promovendo o lançamento de "Conjecturas Poéticas", na Assis Editora, a partir das 20:00hs, conforme imagem abaixo. Sua presença aumentará a alegria de todos que participarão do evento.
Nota do autor
Em caráter propedêutico, de cunho mais demonstrativo do
que sinestésico, costuram-se as linhas seguintes.
Rumando pela trilha antes eleita para “Devaneios”[1],“Sabor
de Pecado e outras essências”[2] e
“Solidão e Outras Tristezas”[3],
vem à luz o novo livro, “Conjecturas poéticas”, que talvez possa merecer a
alcunha de bazar de poemas, tal a
diversidade de temas abordados.
A obra distingue-se das demais pela inexistência de
compromisso com uma linha mestra de assuntos, variando do lirismo para a
filosofia, perpassando religião, temas sócio-políticos, outros ligados à
natureza e ao poeta em si, para culminar num sensualismo mental. Há, sim,
preponderância de um lirismo saudosista, possivelmente merecedor de adjetivação
clássica, nada vulgar, que muito se aproxima da forma como a lascívia vem
tratada. Longe a pieguice como ausente a nudez verbal explícita dos poemas
pseudoconcupiscentes, dir-se-ia que, nesta obra, lirismo e erotismo fundem-se
em temática única.
Em grau secundário, porém, relevante, exsurgem os poemas
de patente filosófica, com acentuado fundo ético e moral. Deles integrante, mas
como faceta distinta, ressalta a presença marcante do transcendentalismo,
denotador da preocupação existencialista do autor, uma constante exteriorizada
nos escritos precedentes, posto menos acirrada do que em Solidão e outras tristezas.
Engajado virtualmente na realidade sócio-política do
país, impossível se tornara ao autor não deixar extravasar o desconforto com os
desmandos políticos alimentados por um ideologismo obsoleto e pela corrupção
gritante em todas as esferas de governo, à revelia de problemas cruciais que
atormentam a sociedade brasileira, assim a insegurança, o desleixo com a saúde,
a educação de péssima qualidade, a insuficiente infraestrutura necessária a um
desenvolvimento sustentável, dentre outros. Nada de sectarismo
político-partidário, mas um compromisso com a cidadania e o grito irônico de
advertência para a necessidade de melhorias nos campos socioeconômicos para toda
a população.
Impende, ademais, indigitar o lado cômico no trato com a
morte, quiçá uma maneira de aliviar a permanente indigestão da efemeridade.
De modo geral, não há preocupação com métrica, embora
presentes alguns poemas metrificados. A grande maioria são versos livres,
todavia, quase sempre voltados para a rima. Verifica-se uma tentativa de
imprimir cadência e fluidez aos versos, para tornar a leitura mais leve e
melódica.
“Conjecturas
poéticas” é um trabalho simples, despretensioso, que vem acrescer o acervo
publicado do autor, resultante, em suma, do vício inveterado adquirido com o
hábito de escrever.
Que os poemas aqui insertos possam propiciar algum
deleite a quem a eles tiver acesso.
O
autor.
Uberlândia, julho de 2014
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