dema
A tarde cai de mansinho
como canção de ninar;
longe, trina um passarinho,
talvez para me avisar
que meu bem voou do ninho,
se quiser, posso chorar.
Trina, trina, passarinho,
eis que amor é como a flor
que vai murchando aos pouquinhos,
caso regada não for;
u’a vez morta, só espinhos
restam para causar dor.
Bate asas, meu colibri,
vê se beijas cada flor;
teu amar, sim, percebi,
sempre fora pecador;
que ninguém chore por ti,
pois nada sabes do amor.
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