quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Trina, passarinho!



dema

A tarde cai de mansinho
como canção de ninar;
longe, trina um passarinho,
talvez para me avisar
que meu bem voou do ninho,
se quiser, posso chorar.

Trina, trina, passarinho,
eis que amor é como a flor
que vai murchando aos pouquinhos,
caso regada não for;
u’a vez morta, só espinhos
restam para causar dor.

Bate asas, meu colibri,
vê se beijas cada flor;
teu amar, sim, percebi,
sempre fora pecador;
que ninguém chore por ti,
pois nada sabes do amor.




Nenhum comentário: