terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Amor zumbi


dema

Viçoso câncer comendo-lhe a alma,
premer de um coração enfermo
pra expelir o sangue podre,
fel salivar carente de beijos,
profunda e perene dor da perda.
Desimportante a beleza, a ruga,
se apenas um momento:
simples olhar,
o sussurrar de um “Oi!”.
Quiçá névoa vagante
no espaço-tempo,
esse amor.
Maldito réquiem!

em demasilva

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