dema
Meu
estar só é jamais solitário.
Vem
a mim quem eu queira mentalmente,
quer
em sonhos,
imaginação,
quer
pelas ondas do pensar.
Nem
dormindo me acho só.
Dou
asas ao pombo-correio-sonho
que
a intima a portar, até mim,
sua
solidão.
Não
se negue que o estafeta aja
nem
que recusável se faça a intimação.
Construímos,
então, a paz envolvente,
ao
calor dos recíprocos afagos ternos
que
nos tangem o coração.
Só
há tristeza se as juntamos numa,
a
minha e a dela
– efêmera,
porém -,
pois,
compartilhada,
divide-se
e se esfacela.
E
a luz suave da paz nos invade,
amantes,
para
o deleite da solidão conjunta.
EM DEMASILVA
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