sábado, 1 de novembro de 2014

Incógnita?


dema




Que gosto sente a palmeira, ao relento,
com seu balançar pela força do vento?

Fico a pensar, quero inquirir;
sem ter a quem, tento intuir.

Juntando folhas pinadas,
em farfalhar sibilante,
como se pega em flagrante,
porém, nada atrapalhada
e sem vergonha, me diz:

­— Sinto-me muito feliz.


A mirradinha do lado,
mui safada e faladeira,
sem tomar qualquer cuidado,
baila como a companheira.

Vejo logo que as invejo,
essas lindas regateiras.
Mas, seria sacrilégio
enciumar-me das palmeiras?

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