dema
Pesa-me ao dorso um dilema,
falta-me mais um poema
pra fechar de vez o quadro
dos que hão de ser publicados.
Na verdade existem outros,
porém, não me fazem gosto,
mesmo a editora os rejeita,
só serve coisa perfeita.
Entretanto o tempo urge
e meu pensamento ruge,
mas as ideias, covardes,
fogem pra outras paragens.
Ai, seu dilema, o que faço?
Não sei pegar boi a laço,
inda que não por preguiça,
só me resta encher linguiça.
Penso ser mui desrespeito
com quem o aguarda pra abraço
receber livro mal feito,
se privado de um pedaço.
Meu Deus, tamanho o fiasco,
fadada a obra ao fracasso.
Sirva esse fecho esquisito
pro tomo nascer bonito!
demaisilva
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