Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Quisera eu desfrutar daquilo que a vida tem,
Que dá à minh’alma feição de ternura
E abranda-me o desejo de ser eu mais que alguém!
Se me aflige, acaso, o medo da batalha
E, posto que tirana, assusta-me a ameaça,
Busco no amor a força que agasalha
Aquilo que me impede planear esta desgraça:
Fugir à luta, falto de firmeza;
Salvar a vida, perdendo, assim, a batalha,
Decisão essa tão cruel, quão insensata, soberba e falha.
Mas, se ao revés, benevolente fosse,
Inverteria o lema deste ser infame:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Este soneto foi criado para participação no concurso literário "Um Soneto para Machado de Assis", lançado pela Editora Litteris, em comemoração ao centenário da morte do primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis.
O objetivo do concurso era fazer com que novos ou veteranos escritores brasileiros completassem os doze versos faltosos do soneto machadiano deixados em aberto no romance "Dom Casmurro", em seu Capítulo LV, "Um Soneto". Esse soneto incompleto tinha como primeiro verso "Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!" e, como último, "Perde-se a vida, ganha-se a batalha!".
Este soneto foi publicado no livro "Um Soneto para Machado de Assis", Editora Litteris, Rio de Janeiro, 2008, página 100.
Que dá à minh’alma feição de ternura
E abranda-me o desejo de ser eu mais que alguém!
Se me aflige, acaso, o medo da batalha
E, posto que tirana, assusta-me a ameaça,
Busco no amor a força que agasalha
Aquilo que me impede planear esta desgraça:
Fugir à luta, falto de firmeza;
Salvar a vida, perdendo, assim, a batalha,
Decisão essa tão cruel, quão insensata, soberba e falha.
Mas, se ao revés, benevolente fosse,
Inverteria o lema deste ser infame:
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Este soneto foi criado para participação no concurso literário "Um Soneto para Machado de Assis", lançado pela Editora Litteris, em comemoração ao centenário da morte do primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis.
O objetivo do concurso era fazer com que novos ou veteranos escritores brasileiros completassem os doze versos faltosos do soneto machadiano deixados em aberto no romance "Dom Casmurro", em seu Capítulo LV, "Um Soneto". Esse soneto incompleto tinha como primeiro verso "Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!" e, como último, "Perde-se a vida, ganha-se a batalha!".
Este soneto foi publicado no livro "Um Soneto para Machado de Assis", Editora Litteris, Rio de Janeiro, 2008, página 100.
Regis Ribeiro
Um comentário:
Regis,
Seja bem-vindo e parabéns pelo soneto.
Muito nos honra sua participação.
Use e abuse do blog.
E que qualidade!!!!
Um abraço.
Dema
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