segunda-feira, 21 de setembro de 2009

QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO

Por Afonso de Sousa Cavalcanti

Spencer Johnson. Quem mexeu no meu queijo? 21ed. São Paulo: Record, 2001.


Ele é autor ou co-autor de numerosos bestsellers que estiveram na lista do New York Times, incluindo o seu bestseller nº1 "Quem mexeu no meu queijo?".
Depois de graduar-se em psicologia pela Universidade do Sul da Califórnia, Dr. Johnson recebeu sua graduação da Faculdade Real na Irlanda, e completou as habilidades médicas na Mayo Clinic e na Faculdade de Medicina da Havard.
A história é uma metáfora a ser usada para refletir e tomar decisões quer faça referentes ao nosso emprego, a um negócio, ao dinheiro, às expectativas de mudanças de vida, à saúde, à liberdade, a um propósito qualquer.
Para o autor, a vida é um labirinto de passagens, pelas quais nós devemos procurar nosso caminho, perdidos e confusos, de vez em quando presos em beco sem saída. Porém, se tivermos fé, uma porta sempre será aberta para nós, não talvez aquela sobre a qual nós mesmos nunca pensamos, mas aquela que definitivamente se revelará boa para nós. A história é uma proposta sem pretensão que tem no queijo a idéia principal. Diariamente o procuramos, porque acreditamos que ele nos fará felizes. Se o conseguirmos corremos cada vez mais em busca dele, mas se ele nos for tirado, levamos um susto. O labirinto é o lugar onde passamos nossa vida à procura daquilo que queremos. O queijo Pode ser a Universidade, outro colégio ou empresa onde trabalhamos, o clube que freqüentamos, e até os relacionamentos interpessoais que dividimos. Se alguém mexe em nosso queijo, levamos um grande susto porque não estamos acostumados com mudanças. Elas são recebidas por nós com pessimismo e se elas acontecem, ficamos bravos e até destruímos relacionamentos e amizades antigas.
O arrependimento pode ser tardio e o estrago já foi feito.
Quando encaramos as mudanças como desafio, descobriremos que a frustração anterior foi sem razão de ser. As mudanças inesperadas podem ser estressantes, a menos que tenhamos um modo de encará-las, que nos ajude a compreendê-las.
A obra Quem mexeu no meu queijo? Afirma que quem consegue se adaptar,
será recompensado.

A História é assim sintetizada:

Havia 4 personagens que enfrentavam o desafio do labirinto à procura de queijo que os fizesse felizes e ao mesmo tempo os alimentasse para que pudessem sobreviver.
Dois eram ratos e dois eram homens minúsculos, tão pequenos quanto os ratos, mas eram pessoas e agiam como elas.
Os homens: Hem e Haw. Os Ratos: Sniff e Scurry. Ambos possuíam algo em comum:
todos as manhãs vestiam roupas de correr e tênis, saíam de suas casas e corriam pelo labirinto à procura dos queijos favoritos. O labirinto era um emaranhado de corredores e divisões e com muita comida. Nem tudo era maravilhoso, pois havia cantos escuros e becos sem saída. Os corredores tornavam-se lugares fáceis para se perder. Neste labirinto havia segredos que possibilitavam aos quatro viventes ter uma vida melhor.
Os ratos usavam o método do acerto e do erro, para encontrar o queijo. Corriam pelo corredor, e se estivesse vazio, viravam-se e corriam por outro. Hem e Haw, usavam sua habilidade de pensar e aprender com experiências. Contavam com seus cérebros para desenvolver métodos sofisticados de encontrar Queijo. As crenças e emoções, quase sempre os atrapalhavam em poder ver e entender bem as coisas.
Sniff, Scurry, Hem e Haw – descobriram, por seus próprios meios, o que estavam procurando. Todos chegaram no posto c. Posto do comodismo. Diariamente ratos e homenzinhos vestiam-se e rumavam ao Posto C. Estabeleceram uma rotina, festejando sempre o queijo. Os homenzinhos acreditavam que o Queijo estaria sempre à disposição, levantavam mais tarde e não tinham pressa para chegar ao seu destino, afinal, o queijo estava lá. Viviam no comodismo. Diziam sempre: Isso é ótimo, há queijo suficiente para nos alimentar para sempre. Hem e Haw diziam que o Queijo era bom e que eles eram seus merecedores. A vida tornou-se rotina: comer, dormir, confiantes na riqueza. Com o tempo a confiança virou arrogância e eles sentiram tão tranqüilos que nem perceberam o que estava acontecendo.

Os ratos não agiam do mesmo modo, pois chegavam, farejam, arranhavam o queijo e corriam inspecioná-lo, para saber se havia mudanças desde o dia anterior. Só então se sentavam para comer. Eles percebiam que o estoque de queijo estava diminuindo, até que num determinado momento, ao chegarem ao Posto C, o queijo havia desaparecido. Não ficaram parados, mas sim saíram à procura de um novo queijo.

Hem e Haw ficaram irritados com a falta de queijo e reclamaram muito dizendo que aquilo era uma injustiça, pois eles mereciam um queijo bom. Para alguns encontrar Queijo é ter coisas materiais. Para outros é ter boa saúde, ou uma sensação de bem-estar espiritual. Todos aspiram em ter um queijo. Para os dois homenzinhos, significava sentir-se seguro, próspero, capaz de manter uma família feliz. Haw teve uma crise de depressão e pensava: o que aconteceria amanhã? Fizera planos para o futuro baseado naquele Queijo... Os dois homenzinhos foram prepotentes em dizer que os ratos eram apenas ratos e que eles sim eram merecedores de um bom queijo. E não estava na mente daqueles homens a condição de mudar, pois pensavam que fossem homens especiais. Ficaram bom tempo sem decidir o que fazer, enquanto os ratos já estavam bem longe... Sniff e Scurry vasculhavam os corredores do labirinto. Durante algum tempo nada encontraram, até que finalmente no Posto N, chiaram de alegria. Depararam com o maior estoque de queijo que haviam visto.

Hem e Haw ainda permaneceram no Posto C, culpavam-se mutuamente pelo que acontecera. Haw sugeriu sair pelo labirinto. Negavam para si o que estava acontecendo e continuavam naquela rotina: iam para o Posto C e voltavam frustrados para sua casa. Quase não tinham o que comer e seus lares antes tão acolhedores e passaram a ser vistos como as coisas mais feias da vida.

Haw não desistiu de lutar e por várias vezes entrou para correr no labirinto. Encontrou pedaços de queijo. Voltou para o amigo e trouxe para ele alguns pedaços de queijo. Aproveitou e escreveu nas paredes frases interessantes que externavam esperanças e preocupação com o amigo. São frases belas como esta: “Quando você muda suas crenças, pode mudar o que faz.” Decidiu que ficaria mais alerta daí em diante. Esperaria as mudanças, mas atento para isso. Acreditaria nos seus instintos básicos para sentir quando a mudança estava prestes a ocorrer e ficaria preparado para se adaptar a ela. que pôde. Ao entrar, notou que alguém já havia passado por ali e comido o queijo. “Por que demorei tanto?”

Haw percorreu o labirinto e alcançou o posto n. Lá encontrou uma montanha enorme de queijo. Viu ali os ratinhos de barrigas cheias. Ergueu um pedaço de queijo e propôs aos amigos: Viva a mudança! Sniff e Scurry eram outro exemplo. Com a simplicidade de suas vidas, não analisavam ou complicavam as coisas. Bastou faltar queijo que eles foram atrás de outro. Não se ligaram demasiadamente ao passado.

Haw usou de seu cérebro para refletir sobre estes ensinamentos:
Ter consciência da necessidade de simplificar a vida, ser flexível e se mover rapidamente.
Deixar de lado as crenças assustadoras.
Observar as pequenas mudanças e se preparar para as maiores.
Adaptar-se mais rápido àquilo que está acontecendo.
Não dizer que não gosta daquilo que não conhece.
Usar o tempo como aliado.
Admitir que o maior obstáculo à mudança está dentro de cada um, e que nada melhora enquanto a pessoa não muda.
Percebeu que sempre há UM NOVO QUEIJO em algum lugar e que ele é a recompensa quando se vence o medo, sabendo que um pouco de medo pode evitar o risco real.
Haw ouviu o que achou ser um som de passos. Percebeu que alguém estava chegando, Poderia se Hem?
Fez uma pequena oração e esperou. Talvez, finalmente, seu amigo tivesse sido capaz de...
Quem leu atentamente a história pode perguntar se isto seria o fim ou um novo começo?
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