segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A LÓGICA E O POEMA

Afonso de Sousa Cavalcanti


Aquela pedra da entrada da fazenda,
há muito tempo defendeu meu amigo,
isto ocorreu em dado dia de contenda,
quando estranha criatura interferiu comigo.

Um forte balaço de carabina,
de longe muitos ouviram o estampido,
Eu não sabia do acontecido
que Gabriel se apaixonara por tal menina.

Cheguei há tempo e pus fim a tal engano,
caso contrário, Gabriel sofreria o infortúnio
na estação da primavera e à luz de plenilúneo.
na mira da ira do atirador insano.

Sofro até hoje, pois perdi a lógica de criar versos,
pois gastei com eles quase todo o meu latim.

Quem passa pela fazenda Pedra Branca
pode conferir a bala na pedra empolada
e se visitar a casa grande daquela instância
Verá a felicidade de Gabriel e de sua amada.

Fui testemunho da vida e do apaziguamento
e por isso eles sempre dizem bem de mim.

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