dema
Meu presente roubado pelo passado,
do futuro, resta o fado.
Presépio deserto,
cruzeiro pelado;
o seguro, Deus do lado.
Ninguém recosta em meu travesseiro,
sigo o giro noturno inteiro.
Contra o amor, sou vacinado,
ultrapassa meu calado.
Sagrado na tristeza
e na solidão, com certeza.
Nada de mágoa ou de amargura,
levo a vida na mão segura
de Deus, enquanto de Seu agrado,
até porque viver me parece
gozar a dádiva de uma ventura.
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