dema
Voltarão as chuvas e o verde.
Não se sucumbe a esperança à fé inconstante.
Vão-se os dias, os anos, mas, enquanto houver
sol,
seguir-se-ão outros.
O ódio nasce, cresce, mata e passa. Ressurge,
depois passa.
O amor enraíza-se.
O humano, indubitável. O divino, talvez.
A flor convida ao encanto,
o colibri aproxima-se e a beija.
O vivo consome-se ao fogo, renasce pela água.
Do céu, estrelas testemunham transas noturnas
de carinho e de maldades.
Sente-se no ar um aroma de vida e um olor cinza
de morte.
Envolvem-se, todavia, não se confundem.
Cada ser no seu quadrado cíclico.
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