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Sob
prisma particular de análise, a humanidade é autofágica. Contraditória em si
mesma, comporta a tendência para o bem e para o mal. Realiza-se de forma
cíclica, sobrepondo fases de auto-rebeldia e de calmaria.
Ao
mesmo tempo em que aprimora conhecimentos e tecnologias, utiliza-os para
autodestruição. Ser humano e humanidade são conceitos muito próximos, podendo o
primeiro representar simultaneamente o individual e o coletivo, enquanto o
segundo alcança a extensão da espécie humana em seu contexto histórico, dos
primórdios ao futuro.
Egoísta
por natureza, a humanidade recusa-se efemeridade e almeja eternidade. A
ganância de poder, sob as mais variadas formas, se lhe faz presente, seja em
âmbito pessoal, seja coletivo e sob plataformas diversas, política, econômica,
social, religiosa. Tudo se presta a motivo para domínio do outro.
A
redução ou inexistência de valores morais, éticos, leva à banalização da vida e
de princípios, induzindo ao confronto com normas de conduta, quer naturais,
quer civis (legais ou religiosas).
Ao
que me parece, o século XXI exemplifica um momento crítico da história humana.
A rebeldia exacerbada, mesmo fundamentalista, joga por terra o respeito aos
direitos naturais e conduz à negativação da pessoa. Qualquer pretexto político,
social ou religioso opera a justificar o confronto com a ordem vigente, interna
ou internacional. Sofrem as minorias toda sorte de exploração e condenação,
mormente em áreas desprovidas de ou com frágil poder político.
Costumo
afirmar que o final do século XX e o início deste XXI presenciam uma involução
generalizada da humanidade, quando atitudes de grupos humanos nos induzem ao
entendimento de que ela renuncia à civilização em prol da barbárie.
O
que esperar do comportamento coletivo predominante? Para onde caminha o homem?
É de se desejar que o barbarismo passe rápido, substituído por um comportamento
mais moderado, mais civilizado, nesse processo rotativo de idas e vindas.
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