dema
Ouso
ajustar a sintonia fina
pra
buscar beleza na vida dura,
regar
corpo e mente co’adrenalina,
expurgar
a dor já me tão madura.
O prazer
procuro nessa empreitada,
porque
assim a vida só se esfacela;
paralelos,
medo que descabela
e
saudade bruta d’ausente amada.
Prazer
excita, depois impulsiona
incansável
desejo de revê-la;
o
medo covarde, insensato, o doma,
causa-me,
logo, temor de perdê-la.
Onde
estará a razão de meus sonhos,
a justa
causa da lida diária,
a
dama das noites quando, tristonho,
me
finjo aquecendo-a junto à fornalha?
A
flor nos cabelos tocada ao vento
a escudar
os cachos, se se embaralham,
angélica
imagem tecendo alento
nas
horas mortas que tristeza exalam.
Faz
escabelo desse ódio ferrenho
a impor
o pavor no terráqueo solo,
com
força o esmaga, não mede empenho,
ante
sua lembrança eu me consolo.
O
turbilhão morador deste peito
repentinamente
não mais chacoalha,
chega
a harmonia pra morar no leito
onde
a sintonia jogou a toalha.
VER EM DEMASILVA
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