dema
Alma eterna,
não adulterada pela vida-quimera,
laboriosa, amarga, sofrida,
a iluminar a face envelhecida,
no palpitar coração de intenso amor,
vivificando pétalas descoradas de uma flor
que me sorri
em saudação de paz.
Meu doce e velho colibri,
quanto me apraz!
Acalma voluptuosas saudades
da impetuosa juventude,
inda presentes na senectude,
porém, sem qualquer maldade!
Alma gentil,
que ao partir,
meu coração partira.
Como névoa, esvaiu-se.
— Alma eterna,
faz-me degustar o eviterno
inocente quindim,
o que de ti resta em mim!
VER EM DEMASILVA
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