segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tromba d’água

(dema)

Caiu chuva pesada,
chuva não, tromba d’água.
Levou carro, levou rua,
levou ponte, levou casa,
deixou mágoa,
tanta gente sem nada.
De então chegou o frio,
lá de baixo,
com geada, calafrio.
Já em cima, o tornado,
arrasadas as cidades,
riqueza desperdiçada.
Os cachorros nem querem dormir fora
e a poesia, no entretempo, foi-se embora.
Vê-me tornado, tromba d’água, vendaval?
Sou do bem, não do mal.
Medo de mim? Nunca for’assim.
Poesia é meu elã,
Inda que não de meu clã.
Sou muito mais que seu fã.
Hoje, é minha vida,
possivelmente meu amanhã.
Que passe então o tsunami.
Que ela também me ame!

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