dema
Pardais e rolinhas em saque ao
canil
bicam a comida de três
cachorrinhos.
Tamanha algazarra, serão quase
mil?
Barulhentos, briguentos,
selvagenzinhos,
a comem e espalham por todo o
quintal.
É a farra diária, alvorada
infernal.
─ Ah, solte os cachorros –
alguém sugeria –
que vão depená-los com raivosos
dentes.
Pior é que não, de nada
adiantaria,
amigos fiéis, espécies
diferentes.
Após a comida, mergulham na
água.
Sem cuidado algum, a bebem e se
banham.
depois os “doguinhos” sequer a
encaram
até que se lave a vasilha e a
enxague.
Não posso espantá-los, pois para
algo servem:
detonam os insetos lá do jardim.
E se não bastasse, o barulho que
fazem
expulsa a tristeza que inda mora
em mim.
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