(dema)
Hoje
o sol não se mostrou,
pediu
folga.
Embebedou-se
em Moscou,
beijando
Olga.
O
dia parece finados,
garoa
e nublado.
Na
manjedoura ruminam os bichos,
junto
ao nicho,
no
aguardo do menino-Deus,
(desta
vez com capricho).
Ansiosos
estamos todos:
o
que Jesus nos dirá?
(Se
o mundo não acaba hoje,
quando
acabará?)
Vem
ele dizer-nos “oi”,
dar-nos
adeus
ou
nos buscar?
Esse
mundo besta
não
é o que dera.
Por
longas eras,
um
paraíso;
hoje,
um “para com isso”:
que
ganância,
que
fome na abundância!
Que
droga,
que
miséria!
Moral
virou pilhéria;
amor,
despudor.
Limiar
do ocaso
ou
nova primavera?
Vem,
menino,
vem
de novo nos redimir!
Ser
o caminho e a luz,
matar
a fome do povo,
fome
de paz,
fome
de amor.
Vem
e reluz.
Desembebeda
o sol,
dá-lhe
muita água e sal,
depois,
um sonrisal.
Numa
boa,
leva
embora essa garoa,
faze
da luz um varal
e
nele grava:
ao
menino e a todos,
Um
feliz natal!!!
Em
21/12/12
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