domingo, 27 de novembro de 2011

Senhora liberdade

                                dema

Eu quis fazer um poema
Pra saudar a liberdade,
Me embaracei com o tema,
Por pouca capacidade.

Liberdade, liberdade!
És nobreza do humano,
Que se gaba mui ufano
Em possuí-la de verdade.

Busquei sempre sua conquista,
Ser senhor de meu nariz,
No “front” eu fui ativista,
Trunfo para eu ser feliz.

Vislumbrava a opressão
Como algoz do meu viver
Mas sempre co’a pretensão
De a matar com meu querer.

Quão surpreso ao descobrir
Que ser livre é massacrante,
Pois a escolha vai surgir
De peleja resultante.

Liberdade é soberana,
Sobrepõe-se ao misto ser
Puro afeto e razão sana,
Que, submisso, há de sofrer.

Liberdade é exigente,
Quer se obrigue pelo ato.
Doma o instinto, se presente,
E abomina o imediato.

Me interrogo de repente:
Liberdade vale a pena?
Inda que menos decente,
Talvez... trilha mais serena!

Ser escravo da opressão
Ou servo da liberdade:
Quem me diz qual opção
Trará a felicidade?

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