sábado, 11 de junho de 2011

Nova musa

dema

Inesperada, apresentou-se nova musa
a inspirar meus versos ...
ou matar-me novamente.
Vibrar de alma me enlevou,
pôs-me a sorrir.
Talvez ficção em descompasso e sobreposta ao real,
pensando adiante, sua imagem abraço.
Adeus, angústia de outros tempos.
Adeus, fracasso.
Mais que tudo na existência,
despertou-me meiga voz.
Infantil, amabilíssima,
sussurrou-me desespero de amar.
Ah, ideia fixa neste ser do céu,
sabor de mel!
− Seu escravo,
Senhorinha inesperada,
hei de servir-lhe
até morrer nos braços seus.
Amo-a já
e mais a quero
do que outrora a quem me deu à solidão.
Louco, prisioneiro desta flor,
para tê-la, até anular-me,
se preciso for.
Quero-a, quero-a, quero-a,
inimaginável musa,
que, inesperadamente,
a mim chegou.
............

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