Reconheço que estou em débito com MEUS AMIGOS.
Em princípio, não costumo registrar sacramentalmente fatos ou eventos. Certo ou errado, mui pouco falo. Mais de ouvir, não raro, me calo. Todavia, desconheço regra não excepcionada. Eis, então.
Posto que às vezes presente em espírito, por muitos e muitos anos estive ausente do grupo de verdadeiros amigos de outrora, aliás, de amigos ad aeternum. Sequer sabia que uma associação de ex-seminaristas redentoristas havia sido criada.
Estudara no Santo Afonso (colegial) e cursara Filosofia e Estudos Sociais em Lorena. Deixei o seminário em 1975, quando noviço no Jardim Paulistano, S. Paulo. Retornei a Aparecida uns dois ou três anos depois, por ocasião da validação dos estudos filosóficos.
Nos primeiros anos pós êxodo, como nefelibata, estive a procurar a própria identidade no meio social. Contava vinte e dois anos de idade. Entrara para o seminário aos dez, junto à Congregação dos Padres dos Sagrados Corações, em Araguari-MG, de onde me transferi para o Santo Afonso, em 1969. Na pequena Nova Ponte(MG), trabalhei com movimento de juventude e fui professor. Nesta profissão permaneci até 1988, já em Uberlândia, para onde me transferi a cursar Direito, em 1979. De lá a cá, tendo ingressado no fisco estadual, ainda permaneço.
Casei-me em 1983 com Leonice e assim casados estamos até agora. Três filhos, um rapaz e duas moças.
Recentemente, por época das discussões acirradas sobre a transposição de águas do S. Francisco, tive a feliz oportunidade de vislumbrar na telinha da sala o nosso amigo Malvezzi, filósofo e membro engajado na Pastoral da Terra, sendo entrevistado na TV. O fato despertou-me, induzindo-me a vasculhar a memória por lembranças boas dos idos tempos, como também alentou curiosidade pelo reencontro, não só dos amigos, como de reviver em conjunto o espírito redentorista.
Por intermédio de Malvezzi, soube do Joaquim Moura e, deste, a notícia da UNESER. De então, não me fiz de rogado.
No final do ano passado, eu e Leonice planejávamos uma festinha para celebrar nossos 25 anos de casamento. Iniciados os preparativos, fomos surpreendidos por doença súbita de meu pai, que veio a falecer em 12 de dezembro. Por óbvio, a festa, que deveria ocorrer em meados de janeiro, foi para os ares.
Mas a Uneser noticiou o IV Retiro Espiritual nas Pedrinhas e lá fomos. Quanta alegria, quantas reminiscências e a concretude do passar dos anos na fisionomia e nos cabelos dos velhos amigos. Conhecemos outros e, com todos, nos confraternizamos. Em meio a tanto rejubilo e não poucos “arriba, abajo, al centro e adentro”, a presença marcante de Deus. De um Deus amigo, que vela sempre e que sorri pelo reencontro; que, indistintamente, perdoa, afaga e presenteia, mereçam ou não os agraciados.
Por intermédio de cada um dos presentes, falou-me fundo ao coração. Puxou-me a orelha e me fez chorar. Não me sai da lembrança a estonteante emoção pela bênção a mim e Leonice, por nossas bodas de prata. Meu prezado amigo Dezidério, como padre, instrumentando Deus, com as mãos sobrepostas, e todos na capela à semelhança, pedindo ao Pai que nos abençoasse.
Para mim, foi a melhor de todas as festas e Dezidério, como ninguém, sabe da emoção que senti.
O que poderia ter sido um final de semana comum, tornou-se marcante, quiçá um recomeço. Ademar e Leonice foram tratados nesse grupo como se os protagonistas esperados. E muitos ali sequer os conheciam. Deus sabe o que faz.
É por isso que abro exceção ao quase sempre “taceo” para, publicamente, externar à UNESER, na pessoa de cada um dos que lá se achavam e, com medo de cometer injustiça, mas sem menosprezo dos demais, em especial, ao Dezidério, Libardi, Edélcio, Zequinha, Maurício, Perdigão, Adilson, Laerte, Mané, Nelson, Paulinho, Ari, Bicarato, eterna gratidão.
Que o Senhor esteja sempre com cada integrante dessa Entidade e que, vivenciando o espírito redentorista, sejam instrumentos de salvação.
Rendo tributo a Deus, pela graça de ter amigos assim e é a Ele que peço, por intercessão da Senhora Aparecida, que cuide de cada um e, neste momento específico, com mais carinho, do nosso amigo Edélcio.
MUITO OBRIGADO a Deus e a vocês, da UNESER.Autor:Ademar Inácio da Silva
Em princípio, não costumo registrar sacramentalmente fatos ou eventos. Certo ou errado, mui pouco falo. Mais de ouvir, não raro, me calo. Todavia, desconheço regra não excepcionada. Eis, então.
Posto que às vezes presente em espírito, por muitos e muitos anos estive ausente do grupo de verdadeiros amigos de outrora, aliás, de amigos ad aeternum. Sequer sabia que uma associação de ex-seminaristas redentoristas havia sido criada.
Estudara no Santo Afonso (colegial) e cursara Filosofia e Estudos Sociais em Lorena. Deixei o seminário em 1975, quando noviço no Jardim Paulistano, S. Paulo. Retornei a Aparecida uns dois ou três anos depois, por ocasião da validação dos estudos filosóficos.
Nos primeiros anos pós êxodo, como nefelibata, estive a procurar a própria identidade no meio social. Contava vinte e dois anos de idade. Entrara para o seminário aos dez, junto à Congregação dos Padres dos Sagrados Corações, em Araguari-MG, de onde me transferi para o Santo Afonso, em 1969. Na pequena Nova Ponte(MG), trabalhei com movimento de juventude e fui professor. Nesta profissão permaneci até 1988, já em Uberlândia, para onde me transferi a cursar Direito, em 1979. De lá a cá, tendo ingressado no fisco estadual, ainda permaneço.
Casei-me em 1983 com Leonice e assim casados estamos até agora. Três filhos, um rapaz e duas moças.
Recentemente, por época das discussões acirradas sobre a transposição de águas do S. Francisco, tive a feliz oportunidade de vislumbrar na telinha da sala o nosso amigo Malvezzi, filósofo e membro engajado na Pastoral da Terra, sendo entrevistado na TV. O fato despertou-me, induzindo-me a vasculhar a memória por lembranças boas dos idos tempos, como também alentou curiosidade pelo reencontro, não só dos amigos, como de reviver em conjunto o espírito redentorista.
Por intermédio de Malvezzi, soube do Joaquim Moura e, deste, a notícia da UNESER. De então, não me fiz de rogado.
No final do ano passado, eu e Leonice planejávamos uma festinha para celebrar nossos 25 anos de casamento. Iniciados os preparativos, fomos surpreendidos por doença súbita de meu pai, que veio a falecer em 12 de dezembro. Por óbvio, a festa, que deveria ocorrer em meados de janeiro, foi para os ares.
Mas a Uneser noticiou o IV Retiro Espiritual nas Pedrinhas e lá fomos. Quanta alegria, quantas reminiscências e a concretude do passar dos anos na fisionomia e nos cabelos dos velhos amigos. Conhecemos outros e, com todos, nos confraternizamos. Em meio a tanto rejubilo e não poucos “arriba, abajo, al centro e adentro”, a presença marcante de Deus. De um Deus amigo, que vela sempre e que sorri pelo reencontro; que, indistintamente, perdoa, afaga e presenteia, mereçam ou não os agraciados.
Por intermédio de cada um dos presentes, falou-me fundo ao coração. Puxou-me a orelha e me fez chorar. Não me sai da lembrança a estonteante emoção pela bênção a mim e Leonice, por nossas bodas de prata. Meu prezado amigo Dezidério, como padre, instrumentando Deus, com as mãos sobrepostas, e todos na capela à semelhança, pedindo ao Pai que nos abençoasse.
Para mim, foi a melhor de todas as festas e Dezidério, como ninguém, sabe da emoção que senti.
O que poderia ter sido um final de semana comum, tornou-se marcante, quiçá um recomeço. Ademar e Leonice foram tratados nesse grupo como se os protagonistas esperados. E muitos ali sequer os conheciam. Deus sabe o que faz.
É por isso que abro exceção ao quase sempre “taceo” para, publicamente, externar à UNESER, na pessoa de cada um dos que lá se achavam e, com medo de cometer injustiça, mas sem menosprezo dos demais, em especial, ao Dezidério, Libardi, Edélcio, Zequinha, Maurício, Perdigão, Adilson, Laerte, Mané, Nelson, Paulinho, Ari, Bicarato, eterna gratidão.
Que o Senhor esteja sempre com cada integrante dessa Entidade e que, vivenciando o espírito redentorista, sejam instrumentos de salvação.
Rendo tributo a Deus, pela graça de ter amigos assim e é a Ele que peço, por intercessão da Senhora Aparecida, que cuide de cada um e, neste momento específico, com mais carinho, do nosso amigo Edélcio.
MUITO OBRIGADO a Deus e a vocês, da UNESER.Autor:Ademar Inácio da Silva
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