dema
Presumo
estar bastante apaixonado,
portando
até ciúme doentio,
quando
imagino alguém com minha amada,
sinto-me
macho de cadela em cio.
Quem
sabe a lua possa vê-la nua
ou
então o sol que doura a madrugada,
mas
nunca o vento, se vier da rua,
pois
a fuligem torna-a maculada.
Meu
Deus, que estranho, esse sentir me assusta
e,
ao mesmo tempo, me envolve e me assanha,
como
o maestro, movendo a batuta,
induz
a orquestra a executar façanha,
sou
provocado a tentar a ventura
desta
paixão repleta de loucura.
EM DEMASILVA
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